Quem foi Francisco A. Ciera?
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Ainda no âmbito do 250º aniversário do seu nascimento - que ocorreu em 2013 - vai reailzar-se este CICLO DE COLÓQUIOS cujo PROGRAMA é o seguinte:
Para uma leitura mais pormenorizada deste programa, ver AQUI.
FRANCISCO ANTÓNIO CIERA - Filho de Miguel António Ciera
(ilustre engenheiro Piemontês que trabalhou na delimitação de fronteiras na
América do Sul, professor de matemática no Colégio dos Nobre e responsável pela
cadeira de Astronomia, na Universidade de Coimbra), faleceu em 6 de abril de
1814.
Doutor em Matemática, Lente de Astronomia da antiga Academia
Real de Marinha e sócio da Real Academia de Ciências.
Durante os anos de 1778 a 1786 fez várias observações
astronómicas na casa da Régia Oficina Tipográfica, observações que foram
publicadas nas Memórias da Real Academia de Ciências de Lisboa.
Em 1788 foi encarregue de formar a Triangulação geral do
Reino, e nestes trabalhos, completamente novos em Portugal, conservou-se até
1803. Em 1790 saiu de Lisboa, com os seus ajudantes, o matemático Carlos de
Caula e o engenheiro militar (de origem catalã) Pedro Folque, para com eles
fazer o reconhecimento geral do território português, efetuando-se as primeiras
observações no dia 18 de outubro na Nossa Senhora do Castelo, Aljustrel,
continuando depois em diversas províncias a escolha de pontos que deviam de
servir de vértices aos triângulos. Conseguiu assim, o Dr. Ciera constituir uma
Carta de triangulações de Portugal, que, mais tarde, em 1837, foi mandada
litografar por Manuel Passos.
Durante esses primeiros anos fez uma nova escolha de pontos
e tratou da medição das bases, empregando nesta parte dos trabalhos os anos de
1794 e 1795 continuando depois até 1803; publicou nesse ano a Carta dos
principais triângulos das operações geodésicas em Portugal, em cujas margens
lançou reflexões que mostram os seus vastos conhecimentos em matéria de
Geodesia. Colaborou com o Coronel Villas-Boas na publicação em português do
Atlas Celeste, de Flamsteed, e imprimiu os seguintes trabalhos: Observações
astronómicas feitas na casa da Régia Oficina, junto ao Colégio dos Nobres,
inserto em Memórias da Real Academia de Ciências - Tomo I; Eclipse da lua de 2
de novembro de 1789, observado em Lisboa na Academia Real das Ciências, nas
referidas Memórias - Tomo III, parte II; Tábuas de nonagésimo para a latitude
de Lisboa, reduzida ao centro da terra, 38º 27' 2", etc, nas ditas
Memórias - Tomo IV, parte I; Plano de extração de lotarias, nas Memórias, no
referido Tomo IV, parte I.
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