QUE NOME DAR A ESTA GUERRA?
Carlos Guardado da Silva
Comemorando-se o bicentenário da «Guerra Peninsular», os historiadores reflectem sobre este conflito que teve uma dimensão internacional, e que se desenvolveu no contexto das «Guerras Napoleónicas», protagonizadas por França e Inglaterra, as maiores potências, em finais do século XVIII e inícios do século XIX. Dentro da estratégia hegemónica de Napoleão Bonaparte, o domínio da Península Ibérica era fundamental para travar o forte poder marítimo inglês no Atlântico, assim como nos portos comerciais do Mediterrâneo. Pois quem dominava economicamente, tinha igualmente a supremacia política na Europa.
O período (1807-1814) acabou por ser conhecido por três designações: «Guerra Peninsular», a mais generalizada, sobretudo no mundo anglo-saxónico, mas também em Portugal; «Guerra de la Independencia», em Espanha; e «Invasões Francesas» (em número de três ou quatro, se considerarmos, neste caso, a Guerra das Laranjas, em 1801) ou Napoleónicas. Deste modo, a denominação inglesa e portuguesa de «Guerra Peninsular» tem sobretudo em conta a realidade geográfica do conflito, sublinhando o apoio fundamental do exército inglês chefiado por Arthur Wellesley, mais tarde duque de Wellington, para a vitória, quer em Portugal, quer em Espanha.
Geograficamente, a Guerra Peninsular abrangeu toda a Península Ibérica, França com os seus aliados e vassalos, e Inglaterra. Mas este conflito teve uma dimensão europeia e atlântica, enquanto parte das Guerras Napoleónicas, travadas sobretudo entre França e Grã-Bretanha pela hegemonia no continente europeu.
Assim, as designações «Guerras Napoleónicas», «Guerra Peninsular» e «Guerra de la Independência» ou «Invasões Francesas» expressam diferentes dimensões do conflito – europeia, peninsular e nacional – que, apesar das características comuns, teve processos distintos em Portugal e em Espanha.
Carlos Guardado da Silva
Comemorando-se o bicentenário da «Guerra Peninsular», os historiadores reflectem sobre este conflito que teve uma dimensão internacional, e que se desenvolveu no contexto das «Guerras Napoleónicas», protagonizadas por França e Inglaterra, as maiores potências, em finais do século XVIII e inícios do século XIX. Dentro da estratégia hegemónica de Napoleão Bonaparte, o domínio da Península Ibérica era fundamental para travar o forte poder marítimo inglês no Atlântico, assim como nos portos comerciais do Mediterrâneo. Pois quem dominava economicamente, tinha igualmente a supremacia política na Europa.
O período (1807-1814) acabou por ser conhecido por três designações: «Guerra Peninsular», a mais generalizada, sobretudo no mundo anglo-saxónico, mas também em Portugal; «Guerra de la Independencia», em Espanha; e «Invasões Francesas» (em número de três ou quatro, se considerarmos, neste caso, a Guerra das Laranjas, em 1801) ou Napoleónicas. Deste modo, a denominação inglesa e portuguesa de «Guerra Peninsular» tem sobretudo em conta a realidade geográfica do conflito, sublinhando o apoio fundamental do exército inglês chefiado por Arthur Wellesley, mais tarde duque de Wellington, para a vitória, quer em Portugal, quer em Espanha.
Geograficamente, a Guerra Peninsular abrangeu toda a Península Ibérica, França com os seus aliados e vassalos, e Inglaterra. Mas este conflito teve uma dimensão europeia e atlântica, enquanto parte das Guerras Napoleónicas, travadas sobretudo entre França e Grã-Bretanha pela hegemonia no continente europeu.
Assim, as designações «Guerras Napoleónicas», «Guerra Peninsular» e «Guerra de la Independência» ou «Invasões Francesas» expressam diferentes dimensões do conflito – europeia, peninsular e nacional – que, apesar das características comuns, teve processos distintos em Portugal e em Espanha.
Sem comentários:
Enviar um comentário